terça-feira, 24 de novembro de 2009
Que esta imagem seja símbolo do vosso domínio sobre nós
Os traços históricos de uma convicção
E seu Reino jamais será destruído
Eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como Filho de Homem, aproximando-se do Ancião, foi conduzido à sua presença. Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam; seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que jamais será destruído.
Deste reino nunca será desterrada a cruz
Cristo impera! E o seu império é o império da paz, do amor, da misericórdia e do perdão. Aqui na terra enluarada pela visão branca do cristo, não há vencedores nem vencidos. Somos todos irmãos, filhos da mesma Pátria, membros da mesma família.[...] Cristo vence! E porque esta terra é sua, ela nunca será vencida pelo estrangeiro invasor, nem retalhada pela guerra civil.Cristo reina! E deste reino nunca será desterrada a cruz da sua e de nossa bandeira. Já hoje seria preciso um cataclismo para fazer desmoronar a montanha escarpada que transformamos em trono perpétuo do Redentor. Seria preciso calcinar o granito do Corcovado dos nossos corações.Seremos o doce império em que não há lugar para tiranias. Nem a tirania de capitalismos vorazes. Nem a tirania da demagogia sangrenta. Nem a tirania dos potentados. Nem a tirania do povo.Christus vincit, Christo regnat, Christo imperat, et Brasiliam suam ab omni malo defendat! Cristo vence, Cristo reina, Cristo impera, e contra todos os males defenda o Seu Brasil!
A voz da Igreja: O culto ao verdadeiro Rei
Traz escrito no manto Rei dos reis e Senhor dos senhores
Jesus Cristo é a testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! [...] Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que vem, o Dominador. [...] Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é Verbo de Deus. Seguiam-no em cavalos brancos os exércitos celestes, vestidos de linho fino e de uma brancura imaculada. De sua boca sai uma espada afiada, para com ela ferir as nações pagãs, porque ele deve governá-las com cetro de ferro e pisar o lagar do vinho da ardente ira do Deus Dominador. Ele traz escrito no manto e na coxa: Rei dos reis e Senhor dos senhores!
Jesus de Nazaré, o Basileus
A cruz agora é o trono, o estandarte do Rei
A unidade primitiva fora estabelecida. Os deserdados do Pai e com eles toda a criação já não constituem mais o exércitos rebelde, disperso, sem chefe. Um rei assume o cetro. Um Deus se incarna. É o Homem Deus. O Maranatha secular, grito de angústia da humanidade decaída, é ouvido. Ele veio. O povo amaldiçoado é agora o seu povo. “Ele é dos nossos”. Vive a mesma vida daqueles que são seus irmãos.
Contradição para os judeus, escândalo para os gentios. Os profetas anunciavam a vinda do Rei. “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13.55). Decepção dolorosa para muitos. E a Promessa? Como reinará no trono de Davi, como governará a casa de Jacó?
O Rei venceu a morte. O Rei venceu as trevas. Qual outro rei poderia fazer? A humanidade estava resgatada. O reino era agora compreendido. Os filhos vencerão a morte. Eles cantam: Aleluia! A cruz agora é o trono da glória. É o estandarte do Rei. Vexilla Regis.
Na cruz reinou o Cristo. Da cruz nasceu a igreja. Igreja a esposa do Rei. E desde então “tudo é vosso, vós sois de Cristo e Cristo é de Deus”(1 Cor 3, 22-23). A Igreja soberana universal, a Regina Mater, não se esquece do Rei.
Diariamente pelos lábios dos filhos, quando o dia não é dia ainda, uma voz se faz ouvir em matinas: “Vinde, adoremos o Rei dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens”. Em Laudes ela presta homenagem ao Rei cantando seus salmos regios: “Dominus regnavit, decorem indutus est” (Sl 93, 1). “Jubilate Deo omnis Terra” (Sl 66, 2). Em Prima: “Ao Rei imortal honra e glória” (1 Tm 1,17). E, em todas as horas, o Adveniat regnum tuum, do Pater Noster.
No meio de todas as batalhas...
De pé brava juventude da minha Pátria! Que aí, no cruzamento tormentoso de todos os riscos estejas presente [...] Que aí acima dos punhos crispados dos verdugos se te veja levantar os braços e juntar tuas duas mãos com as duas mãos de Cristo, molhadas no sangue de todas Suas batalhas, e que de esta imensa embriaguez com Cristo, no meio da luta, saiam a Igreja e a Pátria, resgatadas, radiantes e rejuvenescidas [...] Que se te veja sempre com os braços erguidos no meio da batalha em todos os domínios –imprensa, cátedra, literatura, oratória, filosofia, doutrinas, sistemas, política, arte –, e que si chegas tombar depois de deixar uma dinastia firme enraizada na roça, tenhas por sudário glorioso –como Cristo- as cicatrizes de uma luta espantosa. Assim, acima do derrocamento, dos despojos e da pusilanimidade dos nossos valores atuais, passarão os cascos dos corcéis dos ginetes audazes da reconquista.